De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a reciclagem de resíduos é definida como um conjunto de técnicas de reaproveitamento de materiais descartados, reintroduzindo-os no ciclo produtivo. Ou seja, resíduos que seriam “jogados fora” serão aproveitados como matérias-primas ou insumos na indústria, no agronegócio e em outras atividades, depois de passar pelo processo de transformação do seu estado físico, físico-químico ou biológico.
Então, vamos aprofundar um pouco mais? Você já parou para pensar, como essas técnicas de reciclagem surgiram? Quem pensou nelas primeiro?
De acordo com um estudo da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) civilizações antigas como os hindus, possuíam regras explícitas de como descartar seus excrementos e os restos dos animais sacrificados, assim como todo o lixo produzido no reino. Com o crescimento populacional ao longo do tempo, surgiu a necessidade de organizar os resíduos gerados, e isso incentivou a criação dos primeiros serviços de coleta de lixo.
No século XX, a questão se agravou ainda mais com o aumento das atividades industriais. Logo, o lixo orgânico passou a ser o menor dos problemas e surgiu a necessidade de criar processos capazes de evitar o acúmulo de resíduos sólidos. O problema piorou com as grandes guerras e as crises econômicas.
Então não tinha outro jeito, era preciso racionar produtos, aproveitar e reutilizar materiais.
Um marco interessante nesse processo foi a criação de conceitos para sistematização, um bom exemplo é o famoso 5 Rs. Esse conceito nasceu com três movimentos: reduzir o consumo, o desperdício e a geração de lixo, reutilizar materiais, utensílios, produtos e reciclar através de processos industriais tudo o que for possível. Mas, com o passar do tempo o conceito evoluiu para cinco ações incluindo: repensar o consumo e recusar o que causa dano para o meio ambiente.
A reciclagem é uma das opções de tratamento mais usadas por empresas especializadas em gerenciamento de resíduos sólidos, isso, por se mostrar muito vantajosa, tanto do ponto de vista ambiental, quanto do social e do econômico. Ela reduz o consumo de recursos naturais, poupa energia e água, diminui o volume de lixo em aterros, dá emprego a milhares de pessoas e movimenta milhões de reais em vários níveis da cadeia produtiva.
Sem contar que, destinando os resíduos da sua empresa para a reciclagem ela contribuirá para a redução de consequências da não reciclagem, como por exemplo, a ampliação da vulnerabilidade dos recursos naturais causada pela extração de matérias primas virgens, a redução da vida útil de aterros sanitários e industriais, o aumento da poluição por uso de combustíveis fósseis e de possíveis contaminações de solo, água e ar.
E claro, um grande incentivador da reciclagem no meio corporativo, especialmente para grandes geradores, é a capacidade que ela tem de gerar receita com a comercialização dos materiais e reduzir os custos com o descarte de resíduos.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo IBGE no relatório de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável (IDS) de 2008 o campeão absoluto da reciclagem no Brasil é o alumínio. Quando se trata dessa matéria-prima 91,5% da que é processada na indústria vem da reciclagem.
Depois do alumínio seguem em ordem decrescente os resíduos, embalagens pet, vidro, latas de aço e papelão com taxas entre 43% e 55%.
O fato é que ainda reciclamos pouco, no geral cerca de 13% dos resíduos que geramos, enquanto alguns países já alcançaram taxas de reciclagem acima de 50%.
No Brasil, o crescimento dos índices de reciclagem estão mais associados ao valor das matérias-primas na indústria, aos altos níveis de pobreza e desemprego do que à educação ambiental.
Os grandes volumes de materiais reciclados são gerados nas áreas industriais e comerciais. E apesar dos avanços estruturais desse mercado, os valores dos materiais ainda sofrem muitas oscilações bruscas de preço.
Consultamos uma empresa mineira especializada na comercialização de resíduos recicláveis e chegamos ao ranking abaixo:
A reciclagem, além de contribuir muito com o desenvolvimento sustentável gera riqueza. Transforma resíduos que seriam destinados para aterros em novos produtos, matéria-prima e insumos para a cadeia produtiva.
Autoria: Emanuela Figueiredo e Myllena Bermudez
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